Cachaça doMinistro se prepara para lançar sua primeira cachaça branca. Será uma cachaça que não passará por nenhum tipo de madeira, dando destaque aos aromas e sabores primários da cana-de-açúcar e secundários do processo de fermentação. O novo produto, produzido pelo alambique de mesmo nome, estreia no mercado no primeiro semestre de 2016.
Para saber mais detalhes do lançamento, o Mapa da Cachaça falou com produtor Carlos Átila. O ex-ministro do Tribunal de Contas (TCU), proprietário do alambique instalado em Alexânia (GO), falou sobre o que o motivou nesta nova empreitada e a importância do produto na valorização da cachaça produzida na região Centro-Oeste.
Para Átila a aguardente branca mira consumidores especializados e apreciadores de caipirinha. Veja abaixo trechos da entrevista.
Carlos Átila: A ideia de lançar a Cachaça doMinistro branca nasceu no Cacharitiba, um festiva que aconteceu em Curitiba. Tinha muita gente no Mercado Central, local onde o evento foi realizado, e a maioria das pessoas perguntava da cachaça branca. A partir daí, comecei a perceber que muita gente acha que o envelhecimento mascara um pouco a bebida.
CA: A Cachaça doMinistro branca tem 39% de teor alcoólico. Nós também não diluímos para reduzir o teor alcoólico. A cachaça é resultando da formação do composto das frações de coração destiladas entre maio e junho de 2015.
Usamos uma variedade de cana chamada SP791011, reproduzida e cultivada a partir de mudas adquiridas de fornecedor do município de Inhumas, Goiás. É uma cana muito bem adaptada ao clima e solo do Planalto Central. Para fermentação usamos pé de cuba de fubá de milho formado com leveduras autóctones e levedura CA-11 como reforço.
Depois da destilação deixamos a cachaça descansando em tonéis de inox. Neste primeiro lote fizemos 6 mil litros da cachaça.
Cachaça doMinistro já possui versão que passa por madeiras como jequitibá e carvalho. Em 2016 lançam sua primeira branquinha
CA: Estava aguardando o registro do produto no Ministério da Agricultura. O registro me foi concedido em novembro. Agora, estou terminando de fazer rótulo. Acredito que devo lançar em fevereiro, a tempo do Carnaval para o pessoal fazer uma boa caipirinha. Muita gente acha que fazendo com cachaça ordinária, a caipirinha por ter limão e açúcar melhora a qualidade da bebida, mas acontece o contrário. Caipirinha tem que ser feita com uma aguardente tão boa quanto a envelhecida. E esse é o meu objetivo.
CA: O preço esta ser na faixa de trinta reais.
CA: Goiás tem centenas de alambiques e uma grande diversidade de marcas de aguardente. Agora, montamos uma associação e estamos fazendo um convênio com o Sebrae. Nossa produção está no mercado, é expressiva, mas está mais voltada ao consumidor local. Nosso objetivo é mostrar que no estado temos excelentes cachaças. Aos poucos vamos atingir consumidores espalhados por todo Brasil e apreciadores de boas aguardentes em todo o mundo.
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