O Whiskey Sour é um coquetel clássico presente na carta da maioria dos bares de coquetelaria. O estilo sour, que configura também outros coquetéis como o Aviation, é derivado da família dos ponches e grogues, a ideia que inspirou a receita provavelmente nasceu nas embarcações da marinha no século XVII.
A receita básica de um sour configura três ingredientes: destilado ou licor base, um suco cítrico (geralmente suco de limão) e um adoçante (na maioria das vezes xarope de açúcar, podendo ser substituído por mel ou outros xaropes doces). No caso de usar uma base alcoólica licorosa, nenhum adoçante adicional pode ser necessário.
De uma forma bastante disseminada, muitos lugares usam a clara de ovo na receita do whiskey sour para dar consistência no coquetel, mas essa prática é opcional.
O sour é a mais antiga categoria de coquetéis. Diz a história que durante as expedições da Marinha Real Britânica no século XVII, o rum era a bebida mais acessível e também mais fácil de ser transportada nas longas viagens marítimas por não estragar, como acontece com as cervejas.
Para combater o escorbuto e a falta de nutrientes, os marinheiros misturavam o rum com suco de limão para fazer uma bebida conhecida como grog. É essa a origem da expressão popular “ficar grogue”, usada para descrever quem bebeu demais da conta.
A primeira receita escrita de um sour aparece no livro de Jerry Thomas de 1862, The Bartenders Guide com receitas de Brandy Sour, Gin Sour e um Santa Cuz (rum Sour).
O Whisky Sour é um coquetel clássico e atemporal que une harmoniosamente whisky, suco de limão fresco, xarope de açúcar e gelo. Essa combinação proporciona uma bebida equilibrada e deliciosa, em que a acidez do limão é suavizada pelo toque adocicado do xarope, ressaltando o sabor e a complexidade do whisky. O Whisky Sour é famoso por sua textura suave e por proporcionar uma experiência sensorial única, com contrastes entre o amargor e o doce.
Inspirado em promover a cachaça como base para a receita de vários clássicos, o Bar Original, em Moema, chamou o bartender Frajola, figura reconhecida da coquetelaria paulistana, para fazer o trabalho de pesquisa e reconhecimento de quais coquetéis poderiam combinar com a proposta.
Frajola usou como base para a releitura do Whiskey Sour a cachaça Santo Grau Solera Cinco Botas, envelhecida em tonéis de carvalho, outrora usadas para envelhecer jerez, um vinho fortificado espanhol.
O sabor da Solera Cinco Botas, denso pelo carvalho de jerez, substitui perfeitamente o whisky e configura em um drink equilibrado e cítrico na medida certa.
Figura reconhecida na noite na paulistana, Rogério Weilton Souza, mais conhecido como Frajola, trabalhou por 16 anos para a Companhia Tradicional de Comércio, onde figurou no balcão dos bares Astor e SubAstor.
Renomado na área da coquetelaria e reconhecido por sua maestria em preparar coquetéis clássicos, no ano de 2018, Frajola abriu o próprio bar, o Sylvester, em Pinheiros.
Nascido no interior do Ceará, na cidade de Marco, Frajola veio para São Paulo no início dos anos 2000, onde praticamente logo de cara já começou como ajudante de bar no Astor. Depois de 7 anos, foi para o SubAstor, onde figurou por 9 anos no balcão ao lado de Fabio La Pietra.
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