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ReporVocê sabia que uma das histórias mais famosas sobre a origem da cachaça não passa de uma teoria mirabolante? Pois é, nem tudo que a gente encontra na internet é dado confiável. Para fazermos escolhas inteligentes na hora do consumo moderado de bebidas alcoólicas é importante ler as fontes corretas. Por isso, decidimos fazer um levantamento do que é verdade e mito relacionado ao consumo de bebidas alcoólicas.
Mito: Independentemente da bebida a ser consumida, 1/2 pint de cerveja, meia taça de vinho, uma dose de whisky on the rocks ou uma talagada de cachaça, leve sempre em consideração quantas gramas de álcool serão ingeridos. A quantidade consumida interfere mais do que o teor alcoólico. Um copo de 330ml de cerveja, por exemplo, equivale a 30ml de whisky ou a 100 ml de vinho – de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) uma dose padrão contém 12g de álcool puro.
Verdade: A concentração de álcool acaba sendo maior no corpo das mulheres por dois fatores: o corpo feminino tem menos quantidade de água para o álcool ser distribuído e menos enzimas que quebram o álcool no estômago e no fígado do que nos homens. Então, os efeitos do álcool são perceptíveis mais rapidamente nas mulheres.
Verdade: é uma excelente ideia comer antes ou durante o consumo de bebidas alcoólicas. O alimento desacelera o ritmo de absorção do álcool na corrente sanguinea, dando mais tempo para o corpo quebrar o álcool no estômago.
A melhor dica de todas para retardar o efeito do álcool e acordar bem no dia seguinte é tomar água ou outras bebidas não alcoólicas durante o consumo de fermentados e destilados. O consumo de álcool faz com que o corpo perca água, causando desidratação – por isso o sentimento de boca seca, náuseas, dores de cabeça e outros sintomas típicos de ressaca.
Beber de barriga vazia ou virar “shots” muito rapidamente, resulta numa sobrecarga de álcool no corpo acelerando os efeitos da bebida no organismo. Outros fatores como peso, saúde, idade, estresse ou outras doenças também afetam a forma como seu corpo reage às bebidas alcoólicas.
Falso: Uma ressaca não pode ser curada porque o organismo precisa de tempo para metabolizar o álcool ingerido. Apesar das pessoas acharem que uma xícara de café forte ou um banho gelado podem ajudar, na prática eles apenas causam uma sensação de despertar devidos os efeitos da cafeína e do choque térmico de uma temida, mas revigorante água gelada no corpo.
Apenas tempo pode ajudar a eliminar o álcool do corpo. O fígado tem capacidade de eliminar 1 dose de álcool (12 gramas de álcool) por hora: 330ml de cerveja, 30ml de whisky ou 100 ml de vinho.
Exercícios físicos no dia seguinte também não trazem benefício algum para eliminar o álcool do corpo. A endorfina no sangue depois de uma boa corrida até traz uma sensação de bem-estar, mas infelizmente o álcool não é eliminado pelo suor. Além disso, com os reflexos e a coordenação motora prejudicados o risco de lesões musculares é ainda maior.
Verdade: O álcool no organismo pode neutralizar ou intensificar a ação de alguns medicamentos. Além disso, tanto o álcool como os remédios são metabolizados pelo fígado, que pode ser sobrecarregado, comprometendo o tratamento e podendo trazer outros problemas de saúde.
Verdade: Sobremesas com álcool, como os bombons recheados com licor, podem ser detectadas no bafômetro – claro que vai depender da quantidade da bebida no doce, o seu teor alcoólico e também a quantidade consumida. Já receitas flambadas ou que adicionam a bebida alcoólica durante o preparo e que são posteriormente aquecidas o risco não existe porque o álcool evapora. O ponto de ebulição do álcool é de 78ºC, ou seja, o álcool é eliminado antes da água que evapora a 100 ºC.
O alerta fica mesmo para quem acha que aquela cervejinha não prejudica a capacidade do motorista. Uma dose de cerveja já é o suficiente para alterar a coordenação motora, a capacidade de reação e de tomada de decisões – portanto, não custa lembrar: se beber não dirija.
Falso: Apesar da sensação de aquecimento, na verdade o consumo de bebidas alcoólicas diminui nossa temperatura corporal e pode ser perigoso durante os invernos severos. O álcool causa a dilatação dos vasos sanguíneos, fazendo o sangue fluir pelas artérias e acelerando a perda de calor nos órgãos.
O álcool também pode reverter alguns reflexos naturais do corpo para o controle da temperatura, como a capacidade de tremer e arrepiar. Ele também pode desregular nosso organismo nos fazendo suar mesmo no frio, o que diminui ainda mais a temperatura corporal.
Falso: Incluir na alimentação produtos cítricos como limão, laranja e morangos aumenta a imunidade. Isso ajuda o corpo a combater os invasores quando um vírus se instala, amenizando os efeitos da doença. Ter uma boa alimentação é essencial para ter saúde.
Mas, os alimentos e bebidas não são um escudo contra infecções. Embora existam estudos que relacionem o consumo moderado de bebidas alcoólicas com benefícios para a saúde, não há comprovação de que fermentados e destilados criem uma barreira contra virus, como o Covid-19.
Uma das notícias que circulam pela redes cita a entrevista de um britânico que afirmou ter se curado da doença com uísque e mel. O Ministério da Saúde advertiu que a notícia é falsa. E pediu para que não fosse compartilhada. “Até o momento, não há nenhum medicamento específico, infusão, óleo essencial ou vacina que possa prevenir a infecção pelo coronavírus”, informa a nota.
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