Neste artigo, vamos explorar essa incrível receita criada por Zulu, que une tradição e inovação em uma combinação perfeita de sabores. Prepare-se para saborear um coquetel com cachaça que aquecerá sua alma e despertará seus sentidos.
O coquetel Grog tem uma história bastante interessante. Acredita-se que ele tenha sido criado no século XVIII, durante a era da navegação, especialmente entre os marinheiros da marinha britânica.
Na época, os marinheiros enfrentavam longas viagens pelo mar, muitas vezes em condições adversas e frias. Para se aquecerem e combater o frio, eles adicionavam rum à sua cota diária de água. No entanto, o rum era de baixa qualidade e tinha um gosto desagradável. Para melhorar o sabor, os marinheiros começaram a adicionar suco de limão e açúcar ao rum.
Foi assim que surgiu o grog, uma bebida que se tornou popular entre os marinheiros. Além de proporcionar um pouco de conforto, o coquetel também tinha a função de prevenir o escorbuto, uma doença causada pela falta de vitamina C durante as longas viagens.
Com o tempo, o grog se popularizou não apenas entre os marinheiros, mas também entre outras pessoas que buscavam uma bebida reconfortante. A receita basicamente consiste em rum, água, suco de limão e açúcar, mas também pode ser adicionado especiarias como canela, cravo ou noz-moscada para dar um toque extra ao sabor.
Após a sua criação, o grog se espalhou por diferentes regiões do mundo, especialmente onde havia presença colonial britânica.
Laércio Zulu é um dos jovens talentos da coquetelaria nacional. Ele é um verdadeiro inspirador no mundo dos coquetéis, levando a experiência de beber a um outro nível através de suas criações únicas e marcantes com cachaça e outros ingredientes brasileiros.
Em 2014, Zulu foi reconhecido como melhor bartender do Brasil no Diageo World Class, um dos principais concursos de coquetelaria do mundo. É responsável pelos bares do grupo São Bento e pelas cartas de coquetéis do bar Raiz, no subsolo do restaurante Jacarandá, e do restaurante Vista, os dois em São Paulo. O baiano é amante da cachaça e viaja pelo país buscando ingredientes locais para a criação de infusões e bitters.
Para essa adaptação do grog, Zulu escolheu a cachaça Santa Terezinha Sassafrás produzida no Espírito Santo e envelhecida na madeira brasileira chamada de canela-sassafrás.
A Cachaça Santa Terezinha Sassafrás, também chamada de Série Gourmet, é elaborada pelo master blender Adwalter Menegatti no Espírito Santo. A cachaça é uma reserva pessoal de Adwalter e tem sabor concebido através de anos de alquimia e experimentos com diversas madeiras para formar um novo blend, onde a barrica de canela sassafrás é revestida internamente e depois queimada.
Para a receita do coquetel, Laércio também usa seu Zulu Bitter’s, o primeiro bitter comercial produzido no Brasil e se enquadra na categoria de bitter aromático, quando é usado em pequenas quantidades (gotas ou lances) para “temperar” coquetéis.
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