No POD EM FOCO, Ronaldo dos Reis traz um bate-papo exclusivo com Felipe Jannuzzi, a mente por trás do Mapa da Cachaça. Embarque em uma jornada épica pelas raízes do Brasil, descobrindo cachaças e produtos autênticos que só nosso país tem a oferecer. As aventuras de Felipe vão te surpreender e inspirar.

Ronaldo: Olá pessoal estamos chegando com mais um Pod em Foco, o nosso podcast empresário em foco, aqui pela nossa RPTV canal 8 da NET para mais de 10 cidades para mais de3 milhões de telespectadores pro nosso YouTube pro nosso Instagram e pra nossa página do Facebook Pod em Foco.

Hoje nós vamos unir alegria a felicidade a maravilha, aquela coisa gostosa que muita gente faz só fora dos negócios, mas hoje a gente vai conhecer um que utiliza isso dentro do seu negócio porque é maravilhoso e é algo importantíssimo.

Hoje a gente vai conhecer o Felipe Jannuzzi, ele é fundador do Mapa da Cachaça, da Espíritos Brasileiros e da BR-ME.

A gente vai conhecer esse moço maravilhoso que tem uma história incrível que fala sobre cachaça. Você sabia que existem mais de 40.000 fabricantes de cachaça no nosso Brasil.

E antes da gente falar sobre isso do Mapa da Cachaça no Brasil nós vamos conversar com ele Felipe Jannuzzi. Seja bem-vindo meu querido ao nosso Pod em Foco.

Felipe: Obrigado, Ronaldo. É um prazer estar com você e com toda a equipe do Pod em Foco para apresentar um pouquinho desse Brasil da cachaça.

Ronaldo: Olha que bacana a gente a gente ama entrevistar empresários de sucesso. Empresários que construíram uma história de vida fantástica porque o mais importante do Pod em Foco é motivar as pessoas. É fazer com que as pessoas continuem sonhando, continuem lutando pelo seu sonho realizando coisas maravilhosas e é por isso que a primeira pergunta sempre é

Quem é Felipe Jannuzzi?

Felipe: Eu sou Campineiro, mas moro em São Paulo há quase 15 anos. Sou casado com uma gaúcha. Sou pai da Clara e da Catarina, assim como você sou sou palmeirense. Sou um apaixonado pelas coisas boas brasileiras, mas não porque são brasileiras, porque é bom mesmo. Sem ufanismo, sem nacionalismos exagerados, mas quando a gente começa a estudar um pouco mais dos nossos produtos, e não só a cachaça, mas o café, o azeite brasileiro, que tá ganhando prêmio no mundo todo, e isso me inspira. Sabe todos os meus projetos são ligados a essa temática da brasilidade.

Mas o que me fez entrar de cabeça nesse mundo de brasilidades foi a cachaça e e foi inclusive meu primeiro projeto nesse tema aí de retratar o Brasil usando como, digamos assim, esses bodes expiatórios fantásticos que são esses produtos da nossa gastronomia.

Você chegou a estudar sobre isso?

Felipe: Estudei comunicação, mas tem até curso universitário sobre cachaça. Por exemplo, tem doutores em cachaça na ESALQ de Piracicaba aqui São Paulo, em Lavras em Minas Gerais, também tem um curso superior em cachaça. Em Salinas, no norte de Minas, também tem curso superior em cachaça.

Então você pode ser um doutor em cachaça. É inclusive tem pesquisas incríveis sobre sobre o tema porque é um tema que tem muitas disciplinas. Você pode ser um historiador e estudar cachaça, você pode ser um biólogo estudar cachaça, um químico. É um tema muito rico e eu acabei não entrando na academia mas meus estudos sempre foram em paralelo.

Sempre fiz cursos dentro da Universidade, mas a minha grande escola realmente foram os alambiques que visitei. Foi pegar estrada e conhecer as produções, muitas delas centenárias, e começar a aprender mais sobre esse Brasil, sobre essa produção brasileira, ali mesmo junto com os produtores.

E além de você tem uma equipe?

Felipe: A ideia surgiu na faculdade minha e da Gabriela Barreto. Nós somos formados em comunicação. E assim como você, a gente gosta de conversar com os empresários, mas de um nicho bem específico que são os empresários da da cachaça. O Mapa da Cachaça surgiu para para ser uma ponte entre os produtores e consumidores, ou outras pessoas que estão interessadas em ouvir essas histórias.

O Mapa da Cachaça é um projeto cultural, inclusive em 2014 ganhamos o prêmio no Mistério da Cultura como melhor projeto cultural do Brasil e inclusive nos deu subsídio para poder viajar mais e até ir para fora para falar para falar sobre esse tema.

Depois também entrou Eduardo Martins no projeto que nos ajudou também a olhar para um lado mais sensorial da cachaça. Para entender mais sobre as madeiras brasileiras. Então como eu falei: é um tema de múltiplas disciplinas.

Hoje é meu foco principal é essa parte sensorial muito motivado a entender mais o papel do terroir da cachaça, ou seja, você entender porque uma cachaça do interior de São Paulo é diferente da cachaça no interior de Minas, por exemplo.

As madeiras brasileiras, por exemplo, temos dezenas de madeiras para envelhcer cachaça. E elas influenciam na cor, no aroma, no sabor da cachaça. E isso é uma coisa só nos temos, ninguém no mundo tem isso. Ninguém no mundo tem amburana, jaquetiba-rosa, ipê, bálsamo. E cada uma traz uma particularidade muito distinta para bebida. E o mundo inteiro quer saber isso hoje, Ronaldo.

Hoje em dia, lá fora, tem cerveja que passa por madeira brasileira, tem whisky que passa por madeira brasileira. E então a gente tem muito para oferecer. E quando a gente fala de cachaças isso me motiva muito que no final do dia a gente tá falando sobre Brasil.

Ronaldo: O mais interessante né é uma cultura é que às vezes a gente não via a cachaça dessa forma mas é uma história desde a fundação do Brasil, quando os portugueses vieram para cá e você conta essa história no vídeo que você mandou para mim.

Conte mais sobre a história da cachaça

Desde o século XVI nós produzimos cachaça no Brasil. Essa parte histórica é muito rica porque você consegue falar, por exemplo, sobre os ciclos econômicos do Brasil pela cachaça. Primeiro você teve uma concentração grande de produtores no litoral brasileiro com as plantations de cana-de-açúcar.

Depois no Ciclo do Ouro, com a ida da população pro interior do Brasil, para Minas Gerais, levavam consigo também as cachaças. E começaram a criar polos de produção de cachaça naquelas regiões. Então até que Minas hoje é um é e reconhecida como um grande produtor de cachaça. Isso se iniciou no Ciclo do Ouro. Então é uma história que você conta do povo mineiro, que tem essa relação até mais íntima com a bebida, que data dessa época.

Paraty que é também um polo de produção de cachaça chegou no século XVII a ter mais de 100 alambiques de cachaças cachaça. A própria palavra paraty é sinônimo de cachaça. Inclusive você tem ali uma série de histórias brasileiras que a gente pode contar e fazer um recorte do Brasil.

Alambique Jannuzzi em Caçapava no interior de São Paulo

Você pode falar da cachaça em São Paulo e sobre a migração italiana. Eu mesmo, depois de alguns anos visitando alambique fui descobrir uma família Jannuzzi em Caçapava produzindo cachaça. Foi um ramo da família que saiu da Itália foi para Caçapava e começou afazer cachaça. Então ali tem um alambique que produz cachaça há mais de 100 anos. Então você conta muita história da migração italiana para São Paulo com a produção da cachaça de alambique.

E São Paulo hoje é a região do mundo que mais produz cana, tem muita usina, muito alambique, então é é muito legal você conseguir contar nessas histórias pela gastronomia. Eu acho que a melhor maneira de você contar uma história é é você ter ali uma bebida, um prato de comida. É literalmente um prato cheio para você contar a história de um povo, de uma cultura e a cachaça é isso. A cachaça é a história do dos povos brasileiros e começou no período colonial, então tem portugueses, tem os indígenas, tem os escravos e tem toda a migração. E toda essa mistura ajudou também a criar essa história da bebida brasileira e

E como começou a história da cachaça?

Eu posso te dizer que foi em algum lugar do litoral brasileiro entre 1512 e 1532. Eu digo isso porque nós não temos um documento oficial que diz exatamente quem, quando e onde a primeira cachaça foi produzida. Mas nós temos três hipóteses: Pernambuco, Bahia ou no litoral de São Paulo em São Vicente. Inclusive, aqui em São Vicente, no litoral aqui em São Paulo, a construção portuguesa é chamada Engenho dos Erasmos que está de pé ainda e hoje ele é um patrimônio histórico mantido pela USP.

Engenho dos Erasmos

É possível visitar lá e então tem essa hipótese que lá foi umdos berços da cachaça em 1532 quando um um holandês e três portugueses destilaram ali possivelmente a primeira cachaça.

O que nós podemos dizer é que foi no começo do século XVI, ou seja, foi antes do rum no Caribe. Apesar do rum ser uma bebida muito mais conhecida no mundo inteiro do que a cachaça, que também é produzido da cana de açúcar, a sua produção é mais nova.

A cachaça é mais antiga do que o rum?

Os holandeses que produziam cana no nordeste brasileiro no período conhecido como Brasil Holandês, quando os holandeses colonizaram Pernambuco, eles produziam um tipo de cachaça das sobras da indústria do açúcar. O açúcar em si era a grande riqueza da época. Mas com o subproduto da produção de açúcar, com o melaço, se fazia uma aguardente de cana.

Quando os portuguê expulsaram os holandeses, eles foram para o Caribe e lá levaram os alambiques e levaram essa tecnologia de produzir essa bebida do melaço para fazer então o que conhecemos com o rum.

Qual a história da azuladinha de Paraty?

Eu encontrei um documento do século XIX no qual a corte portuguesa, na época no Rio de Janeiro, pede para um produtor de cachaça uma bebida que ele chama nessa carta de laranjinha celeste. E o que que é a laranjinha celeste? É uma cachaça que os produtores colocavam e colocam ainda hoje na coluna ou durante a destilação no alambique de cobre, aquela panela de cobre onde é feita a destilação, folhas de laranja ou de tangerina, e quando o vapor passa por essas folhas ele agrega essa coloração azulada bonita. Então se você pegar essa garrafa e colocar na luz vai aparecer esse toque azulado bonito e também vai característica mais cítricas para a bebida.

Então você vai no alambique da Maria Isabel, no alambique da paratiana, no alambique da coqueiro todos ainda, cada um com a sua receita tem sua produção da azuladinha de Paraty.

carta antiga escrita a mão onde consta a menção a exportação de Laranjinha Celeste
28 garrafões de Laranjinha Celeste, carta de 1866

Me conta sobre a Espíritos Brasileiros e a produção do primeiro gin brasileiro

A Espíritos Brasileiros foi uma vontade minha e dos meus sócios de produzir um destilado especial.

Quando eu me deparei com essa riqueza da nossa biodiversidade, e a cachaça fala isso muito bem quando a gente pensa nas madeiras brasileiras e quando a gente pensa também nas garrafadas, que são aqueles bebidas e remédios populares.

Tem para todo tipo de doença. Inclusive de São Paulo tem o fecha corpo: toda semana santa na cidade de Monte Alegre do Sul o pessoal mistura a cachaça com guine e arruda e bebe para proteger de máles tanto do corpo quanto da alma.

E também então isso é fantástico porque mais uma vez a gente fala de cultura, a gente fala de história, de rituais, mas aí trouxe também uma outra variável para minhas pesquisas que são as plantas brasileiras.

A gente pode citar mais de 30 madeiras brasileiras usadas hoje para cachaça mas se você for pensar nas garrafadas falamos também de semente, de raízes, de folhas e daí eu fiquei doido. Pô isso aqui é demais né? E justamente nessa época pelo Mapa da Cachaça eu fui dar uma palestra em Berlim num evento lá que chama Bar Convent e num galpão incrível montaram esse evento e é um doses maiores eventos da indústria de destilados do mundo e eu lá e eu vi que a grande bola da vez o Gin.

Qual que é a essência do gin?

O gin é uma bebida que leva botânicos variados e você precisa ter o zimbro, que é uma planta muito comum na Europa. No Brasil a gente ainda não tem zimbro. Mas aí cada país, cada região, pega o zimbro macera numa base alcoólica e mistura com um monte de plantas locais.

Então o Gin da da Alemanha tem plantas da Alemanha. Da Espanha tem planta da Espanha. E eu falei pô tô no Brasil o país com a maior biodiversidade do mundo e a gente não tinha um gin com plantas brasileiras? Quer saber vamos fazer um gim brasileiro!

produtores de Virga

Como surgiu a ideia do Gim brasileiro?

Então essa história na verdade, como muitos dos meus projetos surgiu no bar. Eu tava num bar aqui em São Paulo e lá eu encontrei um holandês chamado Joscha. E o gin é uma bebida holandesa e eu morei um ano na Holanda também, então eu conhecia o gin e já conhecia um pouco da sua história.

Como eu já contei para você anteriormente os holandeses eles têm uma tradição em produção destilados, eles criaram gin, ajudaram a criar a cachaça e eu encontrei esse holandês e ele propos: juntarmos a minha história com a cachaça e e a história dele com o gin. O Joscha é de uma cidade na Holanda chamada Schiedamn, um dos berços do do gin na Europa.

Depois de um ano de pesquisa a gente lançou então oprimeiro Gin artesanal do Brasil chamado Virga. Ele é produzido em Pirassununga na Fazenda Guadalupe, onde fica o Gabriel Foltran um dos parceiros. E ele leva uma planta brasileira chamada pacová, da família do gengibre e do cardamomo. O pacová é uma planta da Mata Atlântica com uma semente muito saborosa que lembra pimenta do reino, menta, cardamomo.

gin Virga e cartucho
ingredientes pra gin
Gim Virga – Fotos Leo Feltran – 02/02/2016

No primeiro lote de Virga, encontramos pacová no zona cerealistas de São Paulo, mas na hora de fazer o segundo lote não tinha mais e ninguém sabia onde tinha. Eu me lembro que percorri então todos os mercados municipais aqui de São Paulo. Ninguém sabia o que que era pacová até que eu falei: quer saber eu vou pro meio do mato procurar. E fui parar no Prumirim, uma praia que fica entre Ubatuba e Paraty, região de úmida e com sombra, que é típica do pacová. E lá, depois que eu mostrei a foto do pacová e deu o pessoal me mostrou at ali ó né Eu não acreditei eu vi meu primeiro pé de pacová fresco.

A gente ficou muito feliz de ter esse pacová, de contar essa história de ser uma planta nativa lá do Prumirim na Mata Atlântica e também a gente criou um movimento porque as pessoas começaram a falar do nosso Gim mas também a falar do pacová. Então aqui em São Paulo hoje você vai em alguns lugares ou até mesmo em Paraty e o pessoal tem usado pacová para tempero para fazer coquetéis, para temperar carne, temperar saladas, temperar até recheio de pastel.

E dá para multiplicar isso por 1000 por 2000 3000 porque a gente tem um potencial da nossa flora e da biodiversidade maravilhoso. Não só pra gastronomia, mas também para medicina. E eu até brinco que depois que a gente lançou Virga eu tive duas filhas… e uma das propriedades do pacová é um estimulante natural, digamos assim…

Aqui em São Paulo fornece para bares e para restaurantes e vou te contar que a parte mais gostosa desse processo todo é a produção. Produzir a bebida, vocês têm uma cachaça vocês sabem. Você pensar no nome, pensar no rótulo, fazer a alquimia da produção, é muito gostoso.

E me diz uma coisa isso tudo isso te levou para São Paulo?

Hoje em dia se faz muita coisa online. Por um bom tempo também por conta do Mapa da Cachaça eu vivia na estrada acabou que a vida me trouxe para ficar aqui em São Paulo muito por conta da família e também por conta de um novo projeto que nós começamos há dois anos que foi uma distribuição desses produtos brasileiros aqui em São Paulo que é uma empresa chamada BR-ME.

A BR-ME tem o propósito de trazer esses produtos brasileiros, não só cachaça, mas também vinho, azeite, chocolate, café para o público aqui de São Paulo. A gente tem uma distribuição focada em São Paulo. Então a gente hoje atende bar, restaurantes e alguns empórios aqui em São Paulo e tem um e-commerce que daí sim o e-commerce a gente consegue oferecer pro Brasil todo.

E então por conta desse projeto eu acabei me fixando aqui já há já dois anos.

E qual a história da aguardente de mandioca?

A tiquira que é uma aguardente de mandioca ela é feita com a mandioca que é uma planta brasileira, a cana nós trouxemos da Ásia, mas a a mandioca é brasileira. E hoje a gente inclusive oferece aqui em São Paulo a tiquira chamada Guaajá.

Inclusive no mês passado, a tiquira ganhou a Indicação Geográfica do Maranhão. Então hoje é um patrimônio maranhense a tiquira é uma tradicional lá no Maranhão, mas o brasileiro ainda não conhece mas quando toma todo mundo fica surpreso porque não é cachaça, não é whisky, não é vodca, é algo único.

E você sente inclusive quando toma um sabor que me lembra pudim de tapioca, sabe então é um doce vegetal, um adocicado que lembra esse pudim, é muito legal e e faz parte hoje do nosso portfólio.

A importância do consumo consciente

Quem produz vinho ou produz cerveja quando na verdade quem exagera independente da bebida álcool é álcool. Então o o que é importante para quem trabalha com esse tema é sempre prezar pelo consumo moderado, prezar pelo consumo consciente, se beber não dirigir e que sim em doses moderadas é um excelente lubrificante social, a gente sabe que uma reunião entre amigos com uma boa taça de vinho ou com uma boa taça de cachaça ela é especial.

A gente tá falando de uma bebida feita com muito esmero, com uma produção usando técnicas hoje que coloca cachaça melhores destilados do mundo então só é motivos pra a gente celebrar essa bebida e sem dúvida quanto mais o brasileiro reconhecer a cachaça e falar bem da cachaça mais fácil ela atingir um status mundial.

O mundo quer o que o Brasil tem para oferecer não só na cachaça mas também outras categorias que é a diversidade, que é a complexidade, que é a inovação, o mundo tá cansado só de whisky, o mundo tá cansado só de vinho, e busca outras coisas e o Brasil tem muito a oferecer isso pro mundo inteiro.

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