Armazém Vieira

A Cachaça Armazém Vieira é fabricada em Florianópolis, na Ilha de Santa Catarina, antigamente conhecida como Porto Nossa Senhora do Desterro, desde o século XVIII.

A construção do armazém marítimo Armazém Vieira em 1840, situado na costa da pequena baía do Saco dos Limões, na ilha, é um marco significativo na comercialização de mercadorias entre as várias comunidades e assentamentos da região. Ele também fornece alimentos e cachaça produzida nos 110 engenhos próximos para os navios.

Desde aquela época, a cachaça era mantida nos enormes barris do Armazém Vieira e servida em porções no balcão, enquanto era vendida em potes de barro lacrados e barris de madeira locais.

O histórico Armazém Vieira foi adquirido pelos engenheiros e mixologistas Wolfgang Schrader e Renato Grasso Bollo em 1983, que se encantaram com a tradição mercantilista da cachaça. Eles se engajaram em estudos e pesquisas com destiladores tradicionais da região, o que os levou a decidir fabricar sua própria cachaça e reviver a história da Cachaça Armazém Vieira.

Devido às condições climáticas, ao solo e ao uso da cana-de-açúcar do tipo “cana fita”, a cachaça tem características distintas e especiais. Os processos de fermentação são cuidadosamente monitorados com o uso de leveduras produzidas a partir do próprio mosto. A melhor parte da destilação, feita em alambiques de cobre, o coração, é então transferida para grandes barris feitos de ariribá e grápia, situados nas profundezas do Armazém Vieira, para o processo de envelhecimento por até 30 anos usando o método solera.

O prédio histórico mais visitado de Florianópolis é o Armazém Vieira, com um fluxo anual de 12 a 15 mil visitantes.

Um balcão recuperado, que antigamente servia e vendia cachaça para os navios que atracavam na ilha, ocupa o centro do espaço do Armazém Vieira. Ao redor do balcão estão mesas e cadeiras Art Nouveau do início do século XX. Grandes lustres suspensos com muitas esferas translúcidas iluminam o ambiente, e há arandelas de parede do mesmo estilo.

Na parte de trás do balcão, é possível avistar a antiga adega com seus barris envelhecidos e o equipamento artesanal de engarrafamento.