Engenho da Serra

A história da Destilaria Engenho da Serra Agroindústria, produtora da cachaça artesanal Sinhá Brasil, tem origem antes mesmo de sua fundação oficial em 2003.

A história da Engenho da Serra começou no final de 1998, quando Antonio e Therezinha Peixoto adquiriram a Fazenda Boa Vista. O imóvel, que datava do século XIX, estava em completo abandono, com sua sede principal, provavelmente construída em 1819, em um estado de deterioração avançado, assim como a parte do Casarão do Engenho de 1882, que estava desmoronando. Foi então que, encantados com a oportunidade de resgatar parte da história do país, os proprietários iniciaram o processo de restauração dessas antigas edificações.

No Casarão do Engenho, foi descoberta uma antiga estrutura de indústria de cachaça artesanal, incluindo um alambique feito de cobre, além de um diploma de 1952 que premiava a cachaça da Fazenda Boa Vista com o primeiro lugar na Exposição Agropecuária de Cordeiro, a principal do segmento no Estado. Motivados por essa descoberta, Antonio Peixoto e seu filho, Antonio Augusto Peixoto, fizeram um curso de produção de cachaça de alambique e contaram com a orientação de consultores especializados. Eles também plantaram um novo canavial, o que levou mais de três anos para ser concluído.

Somente em 2002, com todas as restaurações e adaptações devidamente finalizadas, a primeira produção de cachaça pôde ser realizada. Com a ajuda do mestre alambiqueiro João Huguenin, Antonio Peixoto conseguiu produzir cerca de 10.000 litros. Buscando sempre a excelência, foram introduzidos cuidados especiais e tecnologia avançada, como o corte manual do canavial, sem o uso de queimadas, a utilização da água mais pura, proveniente das nascentes das montanhas da fazenda, a fermentação natural do caldo de cana e uma destilação cuidadosa, aproveitando apenas a parte nobre, o Coração. Todo o processo foi desenvolvido de forma artesanal, baseado em modernas técnicas de produção 100% natural, e sempre respeitando o meio ambiente, garantindo a qualidade da cachaça para os apreciadores da Sinhá Brasil.

A escolha do nome da marca foi uma ideia de Antonio, que se inspirou na forma como os escravos se referiam às senhoras de engenho naquela época. O nome “Sinhá” remete a essa tradição histórica. Além disso, o nome “Brasil” foi acrescentado para ressaltar a identidade brasileira da marca. Assim nasceu a Sinhá Brasil, uma marca brasileira com alma.

Em 2011, a empresa passou por uma reestruturação com a entrada da filha mais nova, Nathália Peixoto, como diretora administrativa e sócia de Therezinha Peixoto. Reconhecendo a excelência e o diferencial da cachaça após o envelhecimento, optaram por comercializar apenas as linhas Premium e Extra Premium.