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A história da Ypióca começa em 1843, quando Dario Telles de Menezes e sua família chegaram ao Ceará e compraram uma propriedade ao pé da serra de Maranguape, conhecida como Ypióca, que em tupi-guarani significa “terra roxa”. Inicialmente, Dario enfrentou prejuízos com os cultivos, mas decidiu usar um pequeno alambique trazido de Portugal para produzir cachaça. Em 1846, destilou o primeiro litro de Ypióca.
Nos primeiros 40 anos, a produção de cachaça era artesanal e realizada principalmente por escravos até 1885, quando passaram a utilizar trabalhadores livres. Em 1895, a propriedade foi transferida para seu filho, Dario Borges Telles, que modernizou a produção, introduzindo uma moenda horizontal de ferro e começando a envasar a cachaça em garrafas de vidro. Sua esposa, Dona Eugênia, desenvolveu o primeiro rótulo da Ypióca, ainda usado hoje.
Paulo Campos Telles, filho mais velho de Dario e Eugênia, assumiu a empresa e implementou várias inovações. Nos anos 1930, a produção chegou a 120.000 litros. Ele aumentou a distribuição da cachaça, introduziu o envelhecimento em tonéis de bálsamo e lançou a embalagem em garrafas de litro revestidas com palha de carnaúba. Paulo também criou gado e cultivou arroz, feijão e milho.
Em 1968, a Ypióca realizou a primeira exportação oficial de cachaça do Brasil. Em 1970, Everardo Ferreira Telles, filho de Paulo, assumiu a empresa, diversificando suas atividades. Na década de 1990, implantou uma fábrica de papel e papelão, utilizando bagaço de cana e papel reciclado, e uma empresa de engarrafamento de água mineral.
Em 2012, o Grupo Ypióca foi vendido para a multinacional Diageo, que iniciou uma nova fase para a empresa, expandindo a produção de cachaça de forma industrial pelo país. A Ypióca, com sua rica história e tradições, segue como uma marca reconhecida globalmente.
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