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Paraty, no litoral do Rio de Janeiro, possui uma rica história ligada à produção de cachaça artesanal, que remonta ao período colonial. A cidade foi um importante polo econômico e cultural devido à fabricação da aguardente de cana, impulsionada pela introdução da cana-de-açúcar no século XVI e pelo uso de mão de obra escrava. Durante o Ciclo da Cana-de-Açúcar, a cachaça ganhou destaque econômico e político, sendo usada como moeda de troca e influenciando eventos históricos, como a Revolta da Cachaça.
Com a descoberta de ouro em Minas Gerais, Paraty tornou-se rota estratégica e atingiu seu auge econômico no século XVIII, com dezenas de engenhos em operação. Apesar de enfrentar crises após o declínio da mineração e do café, a cidade manteve a produção de cachaça, consolidando sua reputação como sinônimo do destilado. A revitalização turística, a partir da década de 1950, trouxe novos ares à produção local, que hoje segue receitas tradicionais e se destaca pela qualidade.
Atualmente, Paraty abriga sete produtores artesanais e é reconhecida com os selos de Indicação Geográfica (2007) e Denominação de Origem (2024). A Festa da Pinga, realizada desde 1982, celebra a tradição da cachaça, enquanto destilados únicos, como a “Laranjinha Celeste,” preservam técnicas antigas e evidenciam o legado cultural e histórico dessa charmosa cidade.