Museu da Cachaça de Salinas - MG

Localizada a 631 quilômetros de Belo Horizonte, Salinas tem na cachaça uma de suas principais bases econômicas. Para homenagear a importância desse destilado na região, foi inaugurado no final de 2012 o Museu da Cachaça de Salinas.

O museu, projetado para movimentar o turismo, a cultura e a economia local, tornou-se uma atração relevante para a região, que carece de estímulos turísticos. Com uma produção anual estimada em cinco milhões de litros e mais de 50 marcas comercializadas, a criação do Museu da Cachaça reforça a importância do município na valorização da cachaça artesanal mineira ao longo das décadas.

A produção de aguardente em Salinas começou no início do século XX. Hoje, a cidade concentra o maior número de produtores de cachaça de alambique no Brasil e é o único município mineiro com uma cadeia produtiva consolidada. O setor representa cerca de 33% da economia local e oferece o único curso superior do Brasil relacionado à cachaça.

A implantação do Museu da Cachaça, em parceria com a prefeitura municipal e o governo mineiro, reconhece a relevância de Salinas na produção e preservação do processo artesanal deste importante bem cultural mineiro.

Conhecida como capital mundial da cachaça, Salinas precisa expandir sua indústria turística. O museu consolida um projeto de desenvolvimento econômico, promovendo emprego e renda, segundo o prefeito José Antônio Prates.

Museu da Cachaça

O museu ocupa cerca de 13 mil metros quadrados, onde funcionava o antigo aeroporto da cidade. Exposições sobre a história da cachaça em Salinas, cultivo e processamento da cana, sociedade do açúcar e engenhos antigos e atuais são distribuídas em oito salas, incluindo uma dedicada ao produtor Anísio Santiago, criador da Havana. O espaço conta ainda com salas de reunião para produtores, loja de produtos regionais e áreas interativas.

Projetado para ser um diferencial no Norte de Minas e no Brasil, o Museu da Cachaça combina cultura e economia ao valorizar a história da cachaça e sua relevância para Minas e para o Brasil.

Segundo Valéria Franco, empreendedora pública da Secretaria de Estado de Cultura, o museu tem um orçamento superior a R$ 6,5 milhões, refletindo a importância do setor, que gera cerca de 240 mil empregos em Minas Gerais.